Diolinda apoiou a caixa do seu lado da mesa e fez força, virou a caixa de cabeça pra baixo e nada, enfiou as unhas na divisória e por nada a caixa abria. Ela olhou para Jorge furiosa, então ele disse:
- Tente assoprar? – com um rosto sério e ao mesmo tempo preocupado.
- Tente assoprar? – com um rosto sério e ao mesmo tempo preocupado.
A mulher assoprou e a caixa abriu um pouco, respirou fundo e assoprou mais e a caixa abriu por completo. Não havia violino nenhum lá e sim um pequeno esqueleto, possuía mais ou menos uns 15 cm de altura e asas de borboletas azuladas e com riscos rosa, tão seca quanto uma folha no outono. A mulher se arrepiou novamente, sabia que aquilo era uma fada, sabia que já havia visto antes, mas não sabia aonde.
O músico, estendeu seu dedo e o colocou sobre a boca, um gesto que demonstrava para ela ficar quieta, era um aviso, algo que ela não poderia dizer pra ninguém. Ela fechou a caixa lentamente, dando pequenas risadas, não acreditava naquilo, até ver a seriedade de Jorge, assim seu sorriso foi se gastando gradativamente até que a seriedade tomou conta de seu eu.
- Não vamos comer nada, estou faminta. Afirmou Diolinda
Jorge chamou o garçom e ele serviu um rodízio de sushi preparado repleto de frutos do mar exóticos. Lá Jorge e Diolinda riram muito e se conheceram melhor, trocaram olhares e ele levou-a até a porta do apartamento onde estava.
A moça entrou lentamente e olhou para o porteiro rindo, que mais uma vez estava com o olhar estático para a televisão e só levantando o braço para acenar.
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