No Tibete, um monastério é cercado por madeiras no alto da montanha. Todos os monges possuíam um traje laranja e se reuniam em volta de uma fogueira na praça central do lugar. Um dos monges chamado Yuk, possuía barba longa e branca, o cabelo era todo raspado e suas sobrancelhas eram negras como a escuridão. Todos eles estavam sob a luz da lua, em uma noite estrelada o único barulho que ouviam era os estalos da madeira queimando pelo fogo. Yuk, abriu uma caixa pequena caixa feita com galhos de madeira enquanto todos os monges estavam de cabeça baixa. O Homem pegou um pequeno esqueleto, muito semelhante a de um humano, mas com asas de borboletas, levantou-se e atirou abriu suas mãos, fazendo com que aquilo que segurava caísse sobre as chamas. Todos os outros monges ergueram suas cabeças para o céu e no momento em que olhavam para a lua, pequenas brasas subiam cerca de 3 metros do solo e formavam um desenho, que mostrava com clareza o formato de um violino e logo em seguida o rosto de Diolinda.
Enquanto o desenho se formava o monge dizia:
-As chamas não mentem. O vento que vem do sul atingirá um dia o norte e teremos que estar preparados para isso. Somos a semente da razão em um mundo construído por emoções, sabemos muito mais do que deveríamos saber e é por isso que vivemos em um lugar muito mais próximo a Deus do que o resto da humanidade. Esta é a nossa vez, meus amigos. O fim do mundo está próximo e precisamos pegar o último esqueleto para isto não acontecer, pois caso caia em mãos erradas, não haverá mais nada.
Um menino cego, com as bochechas bem coradas que estava sentando entre os demais, disse para Yuk.
- Yuk. O Violinista já teve o primeiro contato com a garota.
Yuk fechou seus punhos e a fogueira se apagou no mesmo instante, disse ele então:
- Amanhã, será um longo dia. Deitem-se todos.
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